
Uma trajetória construída por povos ribeirinhos, pesqueiros, indígenas e quilombolas que há mais de 15 anos defendem o litoral amazônico do avanço do petróleo
A gente se orgulha e faz questão de relembrar alguns dos momentos que marcaram essa resistência coletiva, feita por comunidades, ribeirinhas, pesqueiras, indígenas e quilombolas que vivem e protegem o litoral amazônico.

2009 — Nossos ativistas instalaram uma placa flutuante em Abrolhos (BA) com o recado: “Lula, abra os olhos. Salve o clima.” A ação denunciava o risco da exploração de óleo e gás no entorno do Parque Marinho e cobrou a criação de uma Zona de Amortecimento de 95 mil km².

2015 — Um banner no Encontro das Águas, em Manaus, marcou a mobilização contra a exploração de petróleo na Amazônia. A pressão das organizações e das comunidades ajudou a retirar os blocos da região do leilão da ANP — Agência Nacional de Petróleo e Gás.

2017 – Ao lado de pesquisadores e lideranças locais, realizamos uma expedição na Foz do Amazonas que revelou ao mundo as primeiras imagens do Grande Sistema de Recifes do Amazonas — um ecossistema que faz parte da vida marinha e dos modos de viver das comunidades costeiras.

2018 — Lançamos uma campanha que reuniu mais de 2 milhões de pessoas e fortaleceu a voz de quem vive do mar e do rio. No mesmo ano, as autoridades brasileiras cancelaram a rodada de licitações para os blocos de petróleo na Foz do Amazonas.

2019 — Durante a crise do derramamento de óleo no Nordeste e do avanço do desmonte ambiental, realizamos um protesto pacífico em frente ao Palácio do Planalto para denunciar a falta de ação do governo. Levamos simbolicamente o óleo e a destruição da Amazônia para cobrar respostas, enquanto voluntários e comunidades realizavam sozinhos a limpeza das praias atingidas.

2023 — Lançamos a campanha “O petróleo é o nosso passado” e a petição #PetróleoNaAmazôniaNão, ampliando o chamado por uma transição energética justa e o fim da dependência dos combustíveis fósseis.

2024 — Em maio iniciamos a Expedição Costa Amazônica Viva, da qual lançamos derivadores para mapear o comportamento das correntes na Foz do Amazonas. Os dados mostraram que um possível derramamento de óleo poderia alcançar rapidamente o Amapá, o Pará e países vizinhos, evidenciando o risco transfronteiriço da exploração. A pesquisa reforçou a urgência de proteger ecossistemas sensíveis e as comunidades costeiras ameaçadas pela expansão do petróleo na região.

2024 — Realizamos oficinas em comunidades ribeirinhas e quilombolas da Foz do Amazonas, fortalecendo suas vozes diante dos impactos já sentidos no território. Lançamos a cartilha “Onde essa maré vai dar?” e compartilhamos estudos que mostram como essas comunidades podem ser ameaçadas por um possível derramamento de óleo em decorrência da exploração de petróleo na região. Cada encontro reforçou a resistência e o desejo de proteção do território.

2025 — Às vésperas da COP30, o Ibama liberou a perfuração de petróleo na Foz do Amazonas, contradizendo o discurso climático do país. Denunciamos o risco para recifes, manguezais e comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhas e tradicionais, alertando que abrir novos poços em plena emergência climática ameaça ecossistemas sensíveis e intensifica injustiças socioambientais.
Hoje, mais de 200 mil vozes se somam à luta. Ao lado de organizações e redes dos movimentos ribeirinhos, indígenas e quilombolas. São mais de 15 anos de resistência coletiva. E não vamos acuar.
Podemos contar contigo para seguir nessa luta, junto das comunidades que protegem o território e o futuro?
Assine a petição, Petróleo na Amazônia, não
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