Conferência do Clima da ONU de 2023 será a mais importante desde o Acordo de Paris. É hora de os países se comprometerem com metas concretas, como o fim da exploração de petróleo até 2050.
Em 30 de novembro, começa a 28ª edição da Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP28, que será realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Até 12 de dezembro, sociedade civil organizada e representantes de mais de 200 países se reunirão para discutir ações que determinarão o nosso futuro como espécie no planeta.
O Greenpeace Brasil estará na COP28 para pressionar os países a adotarem medidas reais para conter a crise climática, que assola partes do Brasil e de diversas regiões do mundo com secas, eventos extremos e seguidas ondas de calor que superam os 40º C. Queremos que os países se comprometam com o fim dos combustíveis fósseis até 2050 e com fim imediato da exploração de combustíveis fósseis em ecossistemas críticos para a vida no planeta, como a Amazônia (veja mais abaixo).
Não podemos mais esperar por mudanças, precisamos de ação agora!
Abaixo, explicamos em cinco pontos o que é a Conferência do Clima é tão importante e por que a COP28 será a edição mais importante desde o Acordo de Paris.
- O que é a COP?
- Por que a COP28 será tão importante?
- Quais os desafios da COP28?
- Quais as oportunidades da COP28?
- Como eu posso pressionar os governos durante a COP28?
O que é a COP?
A Conferência do Clima da ONU é o único fórum que aborda questões climáticas onde todos os países estão presentes. Portanto, uma COP tem a responsabilidade e a legitimidade para tomar decisões que determinarão a nossa capacidade como comunidade global de conter coletivamente a crise do clima. Além disso, os resultados de cada COP podem fornecer ferramentas e sinais poderosos ao mundo, trazendo peso e significado para legisladores, tribunais, opinião pública, empresas e investidores em todo o mundo.
A sociedade civil global representada por jovens, lideranças indígenas e comunidades tradicionais, organizações etc, também participam das COPs, e sua presença tem sido essencial para cobrar os governos por soluções reais, prevenir o greenwash e responsabilizar os maiores poluidores históricos do planeta, a saber, os países desenvolvidos.
É esperado, contudo, que, com tantos personagens envolvidos e que precisam chegar a consensos nas tomadas de decisões, a emergência climática nunca será resolvida em uma única conferência da ONU. Porém, cada COP tem o potencial de promover as soluções-chave de que o mundo tanto necessita – tanto a nível global como nacional.
Por que a COP28 será tão importante?
Na COP28, será lançado o primeiro Balanço Global do Acordo de Paris (chamado de GST, sigla de Global Stocktake).
O Acordo de Paris é um pacto global firmado em 2015 por 197 países (incluindo o Brasil) para evitar um aquecimento do planeta acima de 1,5°C em relação à era pré-industrial – o que seria catastrófico e perigoso para a vida na Terra. Para isso, todos os países membros, ricos ou em desenvolvimento, são obrigados a adotar metas nacionais de redução de gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico. O mecanismo também prevê que os países desenvolvidos dêem suporte financeiro aos em desenvolvimento, para que estes possam cumprir suas metas e se adaptarem às mudanças do clima.
Passados oito anos do Acordo de Paris, o 1º Balanço Global avaliou o progresso coletivo dos países para alcançar os objetivos do pacto (mitigação, adaptação e de meios de implementação). Spoiler: o balanço global não é animador.
Em resumo, a COP28 é tão importante porque será o momento dos países olharem para o que funcionou, o que não avançou e onde é mais urgente avançar na luta para conter a crise do clima e se adaptar às mudanças climáticas. Tudo isso deverá ser considerado para que os países apresentam uma nova rodada de metas climáticas nacionais, que deverá acontecer em 2025, durante a COP30, que será realizada no Brasil.
Entenda no vídeo abaixo o que é o Acordo de Paris:
Quais as oportunidades da COP28?
Não é novidade a informação de que a queima de combustíveis fósseis é a principal causadora da atual crise climática.
Apesar disso, o petróleo, o carvão e o gás natural nunca foram explicitamente nomeados pelas declarações da Conferência do Clima da ONU como os principais responsáveis, mas isso muda agora na COP28: pela primeira vez, os combustíveis fósseis estarão no centro das conversas.
Essa é uma oportunidade única de fazer os governos, conjunta e individualmente, a firmarem um acordo global na COP28 que ponha fim a era dos combustíveis fósseis. Mais que isso, um acordo global com metas e etapas que estabeleçam:
- a eliminação justa e progressiva do carvão, o petróleo e o gás até 20250;
- o fim imediato da exploração de combustíveis fósseis em ecossistemas críticos para a vida no planeta, com destaque para a Amazônia;
- a urgência para acelerar a transição energética para as energias renováveis.
Quais os desafios da COP28?
São muito os desafios de uma COP que será realizada em uma região que é uma das maiores produtoras de petróleo do mundo, os Emirados Árabes Unidos. Não é coincidência que o principal pedido do Greenpeace na COP28 é “Chega de petróleo!”.
Porém, existe outro desafio central em 2023: promover a justiça climática por meio de um fundo aos que mais estão sofrendo com os impactos da crise do clima!
Em 2022, na COP27, depois de anos de luta da sociedade civil global, os países, enfim, criaram um fundo para socorrer os países do Sul Global mais vulnerabilizados pela crise climática, chamado de Fundo de Perdas e Danos.
“Perdas e Danos” é um conceito que se refere a situações onde as perdas decorrentes dos eventos climáticos extremos não podem mais ser evitadas e, a única coisa que resta, é agir para reparar os danos sofridos.
Lá em 2015, o Acordo de Paris previu a criação de um Fundo pelos países ricos do Norte Global – os maiores poluidores e os mais responsáveis pela crise climática atual – para financiar ações de Perdas e Danos nos países em desenvolvimento e insulares – os menos responsáveis pela crise. Quase dez anos depois e muitas tragédias nesse meio tempo, tal fundo ainda não entrou em operação.
Na COP28, os países deverão entrar em um acordo para detalhar o Fundo de Perdas e Danos (quem colocará recursos, quais países terão acesso a eles, quem irá gerar o fundo, como funcionará o acesso etc).
Depois de enfrentarmos os desastres de 2023, o ano mais quente da história, uma coisa é certa: o Fundo de Perdas e Danos precisará reparar injustiças e entrar em vigor já! Os mais vulnerabilizados não podem continuar pagando a conta da crise climática sozinhos.
Como eu posso pressionar os governos durante a COP28?
O mundo não tem mais tempo a perder. Se quisermos evitar um futuro sombrio, precisamos agir individual e coletivamente agora! Durante a COP28, podemos usar nosso tempo e vozes para pressionar os governos a agirem no caminho certo.
Você pode se juntar ao Greenpeace Brasil compartilhando informações sobre a urgência climática e usando a hashtag #Chegadepetróleo.
A nível nacional, também temos o abaixo-assinado “Petróleo na Amazônia Não!” para pressionar o governo Lula a se comprometer a não explorar petróleo na região. Se quisermos ter um futuro, o petróleo precisa ficar no nosso passado!
Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!
Discussão
Estou assustada com tantos desastres sejam eles naturais ou não. A terra precisa com mega urgencia de socorro! Vou ficar torcendo com todo meu coração pra achem a saida... Cada árvore queimada pulsa meu coração! Sem Contar com a grande poluição causada pelo homem Que Deus olhe por nós!
A situação do nosso planeta é crítica. Esse ano teve ondas de calor infernal em muitos lugares. E ciclone em outros lugares. A seca na Amazônia é muito preocupante. O Lula precisa tomar atitudes mais drásticas contra o desmatamento. Mas bom que caiu o desmatamento na Amazônia e o Brasil reduziu a emissão de gases do efeito estufa. Mas eu discordo das ideias do Lula de querer explorar o petróleo na foz do Amazonas. Isto vai na contra mão da agenda ambiental que o Lula tem. E tem países que estão longe de cumprir as metas do acordo de Paris. Precisamos tomar atitudes drásticas contra o aquecimento global. E aqui no Brasil graças a Deus nós não temos mais um governo negacionista das mudanças climáticas que é um destruidor de florestas. E se o ex-ministro do meio ambiente Ricardo Salles que ficou conhecido como o ministro da boiada se candidatar a prefeitura de São Paulo o meu voto ele não vai ter de jeito nenhum. E eu fico preocupado como vai ser o futuro do planeta agora que na Argentina ganhou o Javier Milei que eu ouvi falar que ele é o Bozó argentino. E no ano que vem está ameaçando o Trump voltar. E se o Trump voltar ele saí do acordo de Paris que ele é outro negacionista das mudanças climáticas. E na Venezuela o país castigado pela ditadura eu descobri que o Maduro é aliado dos garimpeiros ilegais
O aquecimento global é um sério problema para a vida do planeta ,onde existe várias espécies de animais, incluindo os seres humanos se os governos mundiais não pararem de explora petróleo e solucionar os problemas dos desmatamento, podem levarem a destruição do planeta.
Saudações! Tenho quase certeza absoluta que esses ultimos descontroles climaticos, na realidade, tem a ver com as tais antenas HAARP e não com os uso de combustiveis fósseis, ou seja, hoje o homem consegue controlar o clima.
É preciso estabelecer um código de não conformidade com paises contumazes que são geradores de caos através de massiva emissão de gases tóxicos. Há que ser contundente para criar -por pais agressor- o código de não conformidade. Os discursos já não bastam , é preciso dar nome aos agressores. Eles devem receber o selo de má conduta.
Acho super irônico tratar da questão climática em Dubai, na cidade fake movida a ar condicionado nos produtores de petróleo, que nos fornecem petróleo. Não consigo acreditar que tenhamos algum sucesso, mas o Greenpeace tem meu apoio.
Sou contra essa urgência para haver a transição para as energias renováveis, pq temos percebido q essa tem causado grandes problemas sócio econômico ambiental e isso não tem sido levado em consideração. Há muitos desrespeitos as pessoas q moram em áreas importantes pra o bioma brasileiro, além da falsa política de geração de emprego e renda. As empresas estão mais preocupadas com o negócio rentável pra elas sem se preocupar realmente com as populações nativas onde eles querem instalar os empreendimentos.
Já passou da hora de acabar com desmatamento essa busca excessiva. Assino embaixo para acabar com essa palhaçada. acabando com nosso Brasil nosso mundo. Tmj nessa
Prezadas, eu entendo e concordo com as suas pautas, gostaria de sugerir a inclusão de mais uma. É necessário tornar as queimadas crimes hediondos. Mas, faz sentido a Amazônia passar tanto tempo pegando fogo em pleno século XXI. A perda de biodiversidade, serviços ecossistemicos essenciais, colapso dos sistemas, ponto de não retorno da Amazônia leste e tantas outras consequências. Infelizmente, se não for feito alguma coisa com urgência a Amazônia perderá a sua função ecológica e levara tudo mais ao colapso.
Desejo que cumpra-se a meta de zerar o desmatamento, retirar os invasores das florestas e das terras indígenas, e reconstruir o que foi destruído, reflorestando. A futura geração agradece! Gostaria que houvesse uma forma, também, de pararem os cortes e podas drásticas das árvores nas cidades do interior de São Paulo, já cortaram centenas de árvores, inúmeras sem motivo, pois estavam boas, sem doenças e não havia fiação. A empresa CPFL em algumas cidades tem total liberdade para cortarem qualquer árvore, arrancam pela raiz, inclusive árvores frutíferas que não estão na fiação. Os pássaros somem, não se houve mais os cantos dos pardais. Aumenta o número de insetos por não ter mais os pássaros, aumenta o calor, pois tínhamos a sombra e o frescor das árvores. É um desrespeito enorme com a população e o meio ambiente nas cidades, que está sendo constante, diário e causa muita indignação. A privatização da companhia de energia elétrica foi o pior erro de governos passados, pois a CPFL não se importa com a população, muito menos com as árvores e os pássaros que vivem nelas. Muitos pardais e outros pássaros estão morrendo com tantas árvores sendo cortadas, sem nenhum controle ou estudo de impacto ambiental por técnicos qualificados.
Não vejo nada e concreto obra o Brasil onde tá metido um presidente igual esse aí...cadê o cuidado com Amazônia? Com saúde educação e segurança Pra ele viajar é hobe, exibição e uma vergonha pro Brasil onde os governantes são ex presidiários...sem falar quando abre a boca. Deus salve noi Brasil.
Esse é o Planeta ao qual moramos e que com desastres naturais e ou não, mesmo assim, devemos protegê-lo, para o nosso e o futuro de tudo e todos que aqui moram e que aqui dependemos, pois não moramos em outro Planeta e sim nesse Planeta de nome Terra, e que com isso, devemos pensar e pedir que os Políticos que lutam por nós, façam com que nesse COP, um grande projeto internacional de que todos devemos ajudar o Planeta e em tanto na Amazónia e como em todo o lugar desse grande lugar ao qual eu e vocês moramos, pois, agora dependemos da voz desses que nós representam todo os dias durante quatro e ou mais e ou menos anos;-jgj.
Gostaria de adquirir uma camiseta com vocês, como faço ?
Mais importante que combater o garimpo ilegal, grilagem, extração de madeira ilegal, entre outras, é preciso também evitar a instalação de grandes corporações petrolíferas .
Se não fizermos nada agora, eu não sei se chegaremos a 2050 vivos, porque já sofremos as consequências da falta de responsabilidades dos governos, que não se comprometem realmente com o perigo que estamos correndo. Essas reuniões vão parecer brincadeira de turismo nos países que a recebem. Será que os países produtores de petróleo vão concordar, ou será somente um melado na boca dos outros. Eles dependem do Petróleo para sobreviverem e manterem os seus status. Será que a compensação pelos danos a este Planeta moribundo vai resolver algo?