Floresta na bacia do Rio Tapajós, no Pará.

Floresta na bacia do Rio Tapajós, no Pará.

Há uma lenda do folclore brasileiro que fala sobre uma espécie de duende, com olhos e cabelo cor-de-fogo, que se esconde na floresta e costuma pregar peças em quem entra na mata com a intenção de destruí-la ou de caçar seus animais. Esse personagem é conhecido como Curupira e no dia 17 de julho comemora-se o seu dia.

Não por coincidência, esta também é a data em que se celebra o Dia de Proteção às Florestas no Brasil. Por isso, nesse dia, nada mais justo que falar dos “Curupiras da vida real,” que aqui ou do outro lado do mundo, colocam a vida em jogo diariamente para proteger nossas florestas.

De acordo com a organização Global Witness, em 2017 o Brasil liderou, pelo quinto ano consecutivo, o ranking de países mais perigosos do mundo para quem luta defendendo suas terras, florestas e rios. Foram 49 mortes envolvendo esses defensores. Não está fácil ser curupira nos dias de hoje!

Mas existem muitas pessoas que, mesmo diante de todas as dificuldades, escolhem fazê-lo. Como é o caso dos agricultores extrativistas que conhecemos em Rondônia no final do ano passado, que colocam a vida em risco para proteger a floresta de madeireiros ilegais.

No Greenpeace, temos orgulho de dizer que somos um grande grupo de curupiras. Aqui no Brasil, enfrentamos atualmente uma das maiores ofensivas políticas contra o meio ambiente e os direitos humanos já vistas no país. Na Rússia, brigadistas enfrentam todos os anos os perigos do combate ao fogo na floresta boreal. Na indonésia, ativistas vêm investigando e expondo a destrutiva cadeia de produção do óleo de palma.

Nos Estados Unidos, uma grande empresa madeireira tentou calar nossas denúncias sobre suas práticas na floresta boreal com processos milionários, mas mostramos ao mundo – e à justiça – que nossas vozes são vitais. Enquanto nossos colegas da República Democrática do Congo se esforçam para atuar pela proteção da floresta da Bacia do Congo diante de uma realidade política brutal que coloca em risco toda uma teia de vida que depende da floresta para acontecer.

Mas somos muitos, muitos mais em todo o mundo. Em 2015, os curupiras de todo o Brasil mostraram sua força, em uma mobilização nacional pelo projeto que estabelece o fim do desmatamento no Brasil. E, com o apoio de todos, conseguimos levar ao Congresso uma proposta de lei de iniciativa popular pelo Desmatamento Zero.

O curupira pode ser apenas uma lenda, mas os defensores das florestas são bem reais e a necessidade de protegermos estas riquezas também. Por isso, nesse dia, mostre que você se importa. Mobilize-se hoje e sempre pela proteção das florestas. Juntos, somos mais fortes.

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