Parceria entre Greenpeace e Favela Orgânica está levando comida e orientação sobre o aproveitamento integral dos alimentos para famílias do Complexo do Caju e Rio das Pedras, no Rio de Janeiro

Preparação de marmitas. @Carlos Oliveira / Greenpeace
Marmitas sendo preparadas para as entregas nas comunidades Complexo do Caju e Rio das Pedras (RJ). Foto: © Carlos Oliveira/ Greenpeace

Greenpeace Brasil e Favela Orgânica ao longo do mês de agosto estão distribuindo 2.400 marmitas para famílias de comunidades do Rio de Janeiro. Os kits incluem refeição, suco natural e cartilhas com receitas e dicas de como usar os alimentos integralmente, da casca ao talo. Também estão sendo entregues sementes de hortaliças para as pessoas plantarem em casa. A produção teve início no final de julho e as refeições estão sendo preparadas e entregues para as comunidades Complexo do Caju e Rio das Pedras. Veja o vídeo no final do blog.

A pandemia causada pela Covid-19 está fazendo cada vez mais as pessoas questionarem o modelo socioeconômico atual, baseado na desigualdade, individualismo e eterna busca por lucro. Essa discussão ganhou força e é uma oportunidade para mostrarmos iniciativas ao redor do Brasil que mostram que um modelo diferente, mais humano, igualitário, solidário, justo, é possível.

É neste sentido que a parceria se deu e busca incentivar a solidariedade, apoiar o direito à alimentação saudável e impulsionar a economia local. “Como o próprio projeto defende, a alimentação saudável é um dos mais eficazes instrumentos de transformação social e um direito de todos. Por meio dessa iniciativa conjunta entre Greenpeace Brasil e Favela Orgânica, esperamos contribuir para essa transformação ao mesmo tempo em que podemos oferecer segurança alimentar, orientações sobre o aproveitamento integral dos alimentos, em um momento de suma importância”, afirma Pamela Gopi, porta-voz do Greenpeace Brasil.

“A distribuição das marmitas é uma ação que busca democratizar o acesso a uma alimentação saudável para famílias menos favorecidas economicamente e que, devido à pandemia, estão ainda mais vulneráveis à crise econômica. No contexto em que vivemos este ano, uma boa alimentação ganha ainda mais importância pois fortalece o sistema imunológico e garante saúde e bem-estar”, salienta Regina Tchelly, chef de cozinha e fundadora do Favela Orgânica.

Todos os alimentos são comprados no comércio local para fortalecer a economia das próprias comunidades e a escolha da alimentação orgânica é uma maneira de apoiar o pequeno produtor rural. As marmitas não levam nada de origem animal, têm ingredientes acessíveis e sazonais, são variados e incluem plantas menos conhecidas, mas benéficas para a saúde (as chamadas PANCs – plantas alimentícias não-convencionais), como flores comestíveis e ora-pró-nobis. As frutas, verduras e legumes são utilizados integralmente, diminuindo ao máximo o desperdício.

Na programação de entregas para as comunidades, estima-se que a comunidade Complexo do Caju vai receber um total de 1.600 marmitas em quatro semanas e 80 famílias beneficiadas. Já em Rio das Pedras serão feitas 800 marmitas entregues e 86 famílias beneficiadas.

Essa é a segunda iniciativa nossa para levar alimentação saudável e apoiar a economia local de comunidades afetadas pelo coronavírus. A primeira foi em São Paulo, em parceria com a Agência Popular Solano Trindade.

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