O Greenpeace e a Hivos repudiam a violência contra os povos indígenas e se solidarizam com o povo Guajajara diante do assassinato do Guardião Paulo Paulino Guajajara

Paulino Guajajara é a mais recente vítima da omissão do Estado brasileiro em cumprir seu dever constitucional de proteger as terras indígenas © Patrick Raynaud

Uma emboscada feita por madeireiros no interior da Terra Indígena Araribóia, região de Bom Jesus das Selvas, no Maranhão, entre as Aldeias Lagoa Comprida e Jenipapo, resultou no assassinato do indígena Paulo Paulino Guajajara nesta sexta-feira (01/11). Segundo informações obtidas até este momento, o Guardião Laércio Guajajara também foi baleado durante o atentado e um madeireiro teria morrido.

Diante da omissão do Estado em proteger os territórios indígenas, os “Guardiões da Floresta” têm assumido este papel para si, e todos os riscos associados a ele.

Invadidas por grileiros e madeireiros, as terras indígenas do Maranhão têm sido palco de uma luta assimétrica, onde pequenos grupos de Guardiões optam por defender, muitas vezes com a própria vida, a integridade de seus territórios.

Paulino e Laércio são as mais recentes vítimas de um Estado que se recusa a cumprir o que determina a Constituição Federal.

O Greenpeace e a Hivos, proponentes do projeto Todos os Olhos na Amazônia, repudiam toda a violência gerada pela incapacidade do Estado em cumprir seu dever de proteger este e todos os territórios indígenas do Brasil e exigem que sejam tomadas imediatas ações para evitar a ocorrência de mais conflitos e mortes na região.

Nos solidarizamos com os bravos guerreiros Guajajara da Terra Indígena Arariboia e com os Guardiões da Floresta, do Maranhão e de todo o Brasil, que continuam a lutar diariamente pelo direito de existir.

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