No dia 24 de agosto de 2015, operações de busca e apreensão em 12 locais do estado do Pará levaram à prisão mais de 30 pessoas, entre servidores públicos, empresários e outros (entre estes os proprietários da Madeireira Iller) sob suspeita de envolvimento em crimes ambientais e outros crimes – incluindo lavagem de madeira. Em seguida, o MPF acusou 21 dessas pessoas de práticas fraudulentas, como a criação de créditos florestais falsos.

O esquema criminoso exposto pela Operação Madeira Limpa é amplo e vai a fundo no sistema de controle de madeira do governo. A ofensiva da Justiça ataca um problema que o Greenpeace tem denunciado desde 2014, em sucessivos relatórios sobre a exploração ilegal de madeira e a fraude nos sistemas regulatórios. O estudo “A crise silenciosa da Amazônia: Parceiros do Crime” expõe e analisa como funcionam essas fraudes e de que forma o mercado internacional de madeira, especialmente nos países europeus, segue comprando de empresas envolvidas com a exploração ilegal, como é o caso da Iller.

Desde o início da série de relatórios “Crise Silenciosa na Amazônia”, essas informações deveriam ter servido de alerta aos importadores globais de que não se pode confiar apenas na documentação oficial para garantir a origem legal da madeira oriunda da Amazônia brasileira.

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