Há anos ameaçada pela indústria petroleira, a região conhecida como Corais da Amazônia ganha um tempo a mais de vida para a grande diversidade de espécies existentes ali 

Em 2018, o navio Esperanza estava em expedição científica pelos Corais da Amazônia.
© Marizilda Cruppe / Greenpeace

A Total acaba de anunciar sua saída do projeto de exploração de petróleo na região do Grande Sistema Recifal do Amazonas, conhecida popularmente como Corais da Amazônia. 

Nas profundezas da região onde o rio encontra com o mar, mais exatamente na bacia da Foz do Amazonas, esse ecossistema guarda um tesouro natural: um sistema recifal de esponjas, rodolitos e corais. 

Em 2017, com o objetivo de defender a diversidade de vida recém descoberta e ameaçada pela exploração de petróleo, o Greenpeace lançou a campanha “Defenda os Corais da Amazônia”.  No ano seguinte, no final de  2018, o Ibama negou a licença ambiental à Total para perfuração. Mesmo assim, a empresa insistia em seus planos. Só que agora ela transferiu sua participação à Petrobrás, ficou fora dessa disputa e essa se tornou uma vitória definitiva sobre a empresa francesa.

“A saída da Total da bacia da Foz do Amazonas é uma boa notícia. Comunidades locais, pesquisadores e mais de dois milhões de pessoas em todo o mundo que assinaram uma petição online pediram à petroleira francesa e à britânica BP que abandonassem esse projeto. Além disso, essa também é uma vitória no combate às mudanças climáticas”, comenta Thiago Almeida, porta-voz do Greenpeace Brasil. “Mas ainda há ameaças e esse sistema recifal só estará seguro quando a BP e a Petrobras abandonarem definitivamente seus projetos e o governo desistir de oferecer novos blocos de petróleo na região”. 

Essa é uma notícia a ser celebrada! Mas continuaremos de olho e em defesa dos Corais da Amazônia. 

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