Gilberto Gil e Tulipa Ruiz e vários outros artistas se unem a líderes indígenas para shows, bate-papos e até projeções de filmes sobre meio ambiente e ativismo

Para quem está gostando de acompanhar as lives durante os tempos de isolamento social, este fim de semana está com uma programação especial e focada na pauta ambiental, no ativismo e direitos indígenas. Dois festivais irão promover uma série de bate-papos, shows e até exibição de filmes com a proposta de impulsionar conversas, reflexões e promoção da arte.

Aqui, as informações sobre cada um dos festivais:

Festival AmazôniaS Online

Acontece entre os dias 17 e 19 de abril e será transmitido pelo Twitter do Greenpeace Brasil. A proposta é trazer reflexões sobre possibilidades de resistência e de vida nestes tempos de pandemia. Concebido como uma forma de ligar a floresta e as cidades, o evento, que seria realizado presencialmente em São Paulo, se adaptou para entrar nas redes. Haverá conversas, performances, música e filmes, com transmissão ao vivo pelas redes sociais.
Acesse o Instagram do Festival.

Na sexta-feira, às 22 horas, a cantora indígena Djuena Tikuna abre o festival. Em parceria com a Greve Mundial pelo Clima, a programação continua com a Festa do Clima, uma celebração à vida com o músico produtor Daniel Ganjaman como o DJ.

No sábado, a programação começa com o indígena Ailton Krenak falando sobre suas ideias para adiar o fim do mundo, às 15h. A programação segue com Tati dos Santos, Marlena Soares, Áurea Sena e Thalita Silva, mulheres negras e quilombolas da Amazônia, que fazem uma roda de conversa às 17h. Na sequência, às 19h, haverá um bate-papo entre as artistas Uýra Sodoma e Roberta Carvalho sobre os ativismos em Manaus e São Paulo e as performances no isolamento. O dia termina com música, com a cantora mato-grossense Nega Lu se apresentando às 21h. 

No domingo, haverá a exibição dos documentários do cineasta André D’Elia sobre o acampamento Terra Livre, seguido por uma conversa ao vivo entre ele e Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), às 15 horas. Às 17 horas, Matsi Txucarramãe, Kayapó neto do Cacique Raoni, conversa com sua mãe, Kamiha, pajé e grande conhecedora das medicinas tradicionais, e sua irmã Mayalu, que trabalha hoje na Saúde Indígena, sobre os desafios e a resistência indígena em tempos de coronavírus. 

O evento  segue às 19 horas com um show ao vivo das cantoras Tulipa Ruiz e Anelis Assumpção, mostrando como a arte é também uma ferramenta essencial para lidarmos com esses novos tempos.  Para fechar, o cantor, compositor e percussionista paraense Silvan Galvão canta com participação especial da cantora Patrícia Bastos, de Macapá, que indicada ao Grammy Latino.

O evento é realizado pelo Engajamundo, Escola de Ativismo, Greenpeace, Goethe-Institut e Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, com apoio do Instituto Alana e WWF-Brasil. A edição física do festival, que era prevista para ocorrer de 17 a 21 de abril, segue nos planos, com nova data sendo anunciada o mais breve possível.

Festival Demarcação Já Remix

O final de semana promete ainda mais satisfação para quem gosta de arte “engajada”. O Festival Demarcação Já Remix contará com a participação de diversas lideranças indígenas, reconhecidos nomes da música nacional, DJs e artistas. A programação terá mais de 15 horas de duração, a partir das 9h deste domingo (19).

Gilberto Gil, Céu, Tropkillaz, Chico César e Felipe Cordeiro são alguns dos convidados. Mesmo separados fisicamente, devido às medidas de segurança em relação à Covid-19, eles se unirão em defesa dos direitos indígenas e da proteção dos territórios tradicionais. As performances serão compartilhadas nos perfis do Instagram do Festival e dos artistas.

O Festival Demarcação Já Remix é um novo desdobramento da campanha iniciada em 2017 pela demarcação das terras indígenas que mobilizou 25 artistas da MPB, como Elza Soares, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho, Maria Bethânia, José Celso Martinez Corrêa e Criolo, dentre outros. A canção-manifesto, composta por Carlos Rennó e Chico César, rodou o mundo e foi uma importante ferramenta na defesa dos territórios tradicionais e de seus povos. Assista o videoclipe.

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