Com a retomada do projeto Asas da Emergência, Greenpeace leva auxílio humanitário para apoiar os povos indígenas no enfrentamento da Covid-19 na Amazônia

Imagem mostra pessoa de costas carregando caixa de equipamentos para o avião do Greenpeace, que levará suprimentos de saúde para o Alto Rio Negro. No macacão da pessoa lê-se: Asas da Emergência, Greenpeace.
Entrega de uma carga de duas toneladas, contendo 40 concentradores e 15 cilindros de 50 litros de oxigênio, equipamentos de ar condicionado para enfermarias e cerca de mil máscaras de tecido em São Gabriel da Cachoeira, na região do Alto Rio Negro, que abriga 23 etnias indígenas e cerca de 750 comunidades.

Diante do colapso da saúde em Manaus e em todo o Amazonas frente à Covid-19 e do drama humanitário que tem se desenrolado desta crise, o Greenpeace novamente se uniu a diversos parceiros da região e está somando forças para apoiar as populações vulneráveis da Amazônia.

No norte do país, onde a logística é extremamente complicada, a aeronave da organização está realizando o transporte de suprimentos e de cilindros de oxigênio para comunidades indígenas em regiões remotas no estado, que sofrem com a precariedade do serviço de saúde e com a inexistência de leitos de UTI. 

Nesta segunda, dia 25 de janeiro, uma carga de duas toneladas, contendo 40 concentradores e 15 cilindros de 50 litros de oxigênio, além de equipamentos de ar condicionado para enfermarias e cerca de mil máscaras de tecido, foi entregue em São Gabriel da Cachoeira. A cidade no estado do Amazonas tem operado como centro de distribuição desses insumos para a região do Alto Rio Negro, que abriga cerca de 23 etnias indígenas e 750 comunidades. Na semana passada, o Greenpeace já havia enviado para o local 21 mil seringas para utilização no processo de vacinação e imunização de indígenas, que já começou na região. 

“Todas as ações que têm acontecido nos últimos dias reforçam que juntos somos mais fortes! A entrega realizada nessa segunda-feira foi possível porque os Expedicionários da Saúde (EDS) articularam a arrecadação desse aparato médico e nós conseguimos embarcar a carga e organizar sua recepção junto à  Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn). As máscaras foram doadas pelo Idesam (Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia)”, afirma Iran Magno, porta-voz do Greenpeace.

Uma rede de solidariedade está articulada para mapear urgências frente ao agravamento da Covid-19 para os povos da Amazônia, contando também com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). 

No total, desde o dia 16 até o dia 25 de janeiro, já foram entregues mais de oito toneladas em doações de suprimentos e cilindros de oxigênio, além de máscaras de tecido e materiais de higiene e limpeza, para diversas localidades da Amazônia. Em Manaus o Greenpeace entregou doações para a Casa De Saúde Indígena (Casai) e para o Parque das Tribos, bairro que abriga 35 etnias indígenas na capital do estado.

Para além do Amazonas, que vive o drama da falta de oxigênio, algumas doações estão chegando aos estados do Pará e Roraima, que também testemunham novo agravamento da pandemia. 

No total, as localidades atendidas até agora foram: Manaus, São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Iauaretê, Tefé e Tabatinga, no Amazonas, Oriximiná, no Pará, e Boa Vista, em Roraima, por via terrestre.

Segundo Marivelton Barroso, presidente da Foirn, a parceria com o Greenpeace e as demais organizações que estão atuando no enfrentamento à Covid-19 tem ajudado a salvar várias vidas no Alto Rio Negro.

“O Alto Rio Negro compreende três municípios (São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos), 23 povos indígenas e 750 comunidades. Essa diversidade que há na região é também um desafio imenso por conta da logística. Trazer insumos, materiais de limpeza e cilindros reabastecidos em Manaus seria custoso e não teria tempo hábil para frear o avanço da pandemia na região. Tudo isso não seria possível sem a parceria do Greenpeace e dos demais parceiros que, em conjunto, têm salvado vidas. Ninguém faz nada sozinho”, disse Marivelton. 

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Saiba mais sobre o Asas da Emergência

O projeto Asas da Emergência foi criado pelo Greenpeace em 2020 para apoiar os povos indígenas na primeira onda da Covid-19 e durante cinco meses transportou mais de 63 toneladas de equipamentos e insumos de saúde. Ele fez parte de uma rede de diversas organizações que se uniu para disponibilizar apoio aos povos indígenas, que são extremamente vulneráveis à Covid-19.

Para Iran Magno, do Greenpeace, o sufocamento e a falta de oxigênio vividos por Manaus reforçam a necessidade de ação no enfrentamento à pandemia. “Começamos 2021 com um desafio importante à nossa frente. Mesmo que a aprovação recente e o início da vacinação nos tragam esperança, a pandemia infelizmente ainda é o nosso cotidiano e não podemos ficar parados enquanto pessoas morrem sufocadas sem oxigênio. Muita gente está se mobilizando para auxiliar a região norte do país. Nós do Greenpeace também entendemos que agora é hora de somar esforços e agir! Assim como fizemos em 2020, disponibilizamos novamente nossa estrutura para apoiar povos indígenas e populações vulneráveis no enfrentamento da Covid-19. Esperamos que essa rede de apoio e solidariedade cresça e juntos a gente possa mudar essa realidade”, afirmou Iran. 

Nesse contexto desolador em que vivemos, uma rede importante de apoio se faz novamente presente e extremamente necessária. A estrutura do Greenpeace segue mobilizada no apoio aos povos indígenas e populações vulneráveis no enfrentamento da Covid-19 na Amazônia. 

Seguimos agindo com a nossa missão de defender o meio ambiente e a vida! 

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