Documentário “Amazônia – o despertar da florestania” é um convite a se emocionar e refletir sobre a cidadania e os direitos dos seres da floresta

Cartaz do filme Amazonia, o despertar da florestania

Estreou nesta semana nos cinemas uma declaração de amor pela nossa maior floresta. O documentário “Amazônia, o despertar da florestania” é um convite a se emocionar com um dos locais mais exuberantes de vida do planeta, e que deveria ser visto por todos os brasileiros neste momento em que nosso maior patrimônio natural precisa ser defendido como nunca. “Eu fico me perguntando quando foi que a gente esqueceu que o nome do nosso país é o nome de uma árvore. O que corre nas nossas veias não é sangue, é seiva”, diz Christiane Torloni, logo na abertura. Ela é co-diretora e co-roteirista do filme, em parceria com Miguel Przewodowski.

No documentário de 111 minutos repleto de belas imagens e registros históricos, Christiane entrelaça sua trajetória pessoal – de ativista das Diretas Já a como se envolveu na causa ambiental – com a forma como a natureza vem sendo tratada desde o início do século passado. Natureza esta que ela destaca como elemento fundamental da nossa identidade nacional.

Nesta trajetória, Christiane ouviu diversas personalidades entre jornalistas, artistas, ambientalistas, como o próprio Greenpeace, além de lideranças indígenas e políticas, para reafirmar a relação do Brasil e dos brasileiros com a Amazônia a partir de um novo conceito: Florestania. “É algo que se relaciona a conhecimentos tradicionais da floresta, aquilo que os povos chamam de rituais de cura da Terra. Nós a resgatamos como um neologismo para a cidadania e os direitos que todas as criaturas da floresta têm de continuarem vivos e vivendo da floresta”, explica Christiane.

No momento atual em que os povos tradicionais estão ameaçados pela imposição de um modelo econômico exploratório que só enxerga a floresta como fonte de recursos naturais ou obstáculo ao desenvolvimento, o filme nos faz um convite a nos sensibilizar com o que há de mais precioso na floresta para refletirmos sobre a nossa posição nisso. Ou seja, despertar esta florestania entre nós mesmos. Afinal, temos que estar conectados com as florestas para defendê-las e isso passar por entender que os nossos problemas urbanos têm relação com elas.

“Esse espírito da florestania não está lá longe na Amazônia. Ele caminha e está conosco em todos os lugares. Como diz o jornalista André Trigueiro, é impossível sair do meio. Ele é onde estamos, ele nos atinge. É chegada a hora de abrir os olhos para a forma como a gente trata a nossa cidade e a natureza. Estamos atrasados 519 anos nesse despertar”, diz Christiane.

 

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